O professor Nelson Pretto da disciplina de Pós graduação da Faculdade de Educação da UFBA, Ética Hacker e Educação em uma reportagem do jornal A tarde fala sobre o livro The hacker ethics de Pekka Himanen, escrito originalmente em 2001.
Uma observação feita pelo professor é sobre a cuidadosa arte desta capa que nos mostra diferente concepção dos hackers do que pensamos,. Eles estão aqui representados como aquele que, com chapéu e luvas pretas, na calada da noite evidenciada pelas sombras da imagem no centro da capa, invadem os computadores alheios para ações criminosas.
Ao longo do tempo, a mídia conceituou os hackers como se fossem sempre criminosos, em que evasivos na vida do ser humanos. Entretanto também, o hacker, pode ser visto como aquele que, compartilha as informações com as pessoas sem usar a ganância.
Os crakers são peraltas da internet, que violam os sistemas das empresas que roubam números de cartões de crédito em contas bancárias.
O autor Pekka Himanen, filósofo Finlandes que pesquisa a chamada sociedade da informação, do conhecimento, ou, como prefere Guillermo Orozco, a sociedade da comunicação, descreve a maneira como todo esse movimento em torno do software livre, nasceu e a maneira de trabalhar dos hackers.
Para Himanen, e aí reside a importância do seu pensar para o nosso campo, a educação, qualquer um pode, na sua área de atuação, ser um hacker já que os princípios da chamada ética hacker podem - e, diria eu, devem - ser aplicados a qualquer área e, mais ainda na educação.
Himanen destaca sete das principais características do trabalhos dos hacker: paixão, liberdade, valor social (abertura), nética (ética da rede), atividade, participação responsável e criatividade, todas elas devendo estar presentes nos três principais aspectos da vida: trabalho, dinheiro e ética da rede. (HIMANEN, 2001, P. 125-127).
No artigo da “A tarde”, Pretto, afirma que o movimento hacker nasce a partir da ação, na década de 60 do século passado, de jovens estudantes que ocupavam garagens, porões e laboratórios das universidades americanas na busca de futucar tudo, com o intuito de desafiarem a si próprios e com isso, desenvolverem novos aparatos tecnológicos. Nasceram assim os primeiros computadores pessoais e boa parte desses movimentos tinha como princípio uma intensa lógica de partilhamento.
Nasce assim uma interessante prática que pode ser simbolizada por um conjunto de três letrinhas RFC: Request For Comments, que nada mais é do que fazer circular um documento, uma solução para um problema, pedindo aos colegas comentários para aperfeiçoar o documento ou solução inicial.
Com isso, não se esperava possuir uma solução definitiva ou a mais perfeita do problema mas, imediatamente, colocava-se na roda a idéia e, com a sua rápida circulação (hoje intensificada em função da internet) ela passa a ser objeto de crítica dos outros, sendo aperfeiçoada coletivamente.
Hackers, heróis da revolução dos computadores é o livro de Steven Levy (2001) que resgata o código de ética criado pelos primeiros hackers, reunidos em torno dos clubes juvenis no MIT (Massachussetes/Estados Unidos), no final da década de 50 do século passado. Da mesma forma que Himanen, busca caracterizar a ética dos hackers e, mais uma vez, a provocação para nos, educadores, é direta.
Ele se refere a seis princípios. Primeiro, pensar que o acesso aos computadores deveria ser total e ilimitado. Mais do que computadores, deveria ser liberado o acesso a "qualquer coisa que pudesse ensinar a você alguma coisa sobre como o mundo funciona" (LEVY, 2001, p. 40) .
Segundo, que toda a informação deve ser livre (free) porque "se você não tem acesso à mesma, não terá como consertar as coisas" (p. 40). Aqui é importante lembrar que, no inglês, a palavra free pode tanto significar livre como também grátis, o que nos permite considerar que toda a informação deve ser livre e gratuita.
O terceiro princípio indica que deve-se sempre desconfiar da autoridade e, assim, estimulam-se procedimentos pouco burocráticos, com liberdade de circulação de informações e acesso às mesmas, por qualquer um. A descentralização passa a ser a palavra de ordem. O julgamento dos hackers deve ser feito pela qualidade do que eles efetivamente fazem e realizam, afirmam em seu quarto princípio, e não por critérios falsos como escolaridade, idade, raça ou posição. Confrontando a dureza aparente das máquinas, o quinto princípio defende que "é possível criar arte e beleza num computador"(p. 43). Por último, e não menos importante, acreditam que os computadores poderem fazer sua vida melhor.
Para a educação, nada melhor do que vislumbrar as possibilidades trazidas por essa ética dos hackers já que estamos a viver um escola cada vez mais centrada numa perspectiva que pouco tem a ver com a ideia de colaboração e generosidade.
Achei super interessante a reportagem feita pelo Prof. Nelson Pretto, concordando que os hackers são importantes para os educadores, porque. podemos compartilhar informações dos assuntos educativos em nossa atualidade. Eu como professora que utilizo a internet, sempre procuro recursos para a minha prática pedagógica. Por exemplo, faço download de livros para utilizar com os meus alunos, uma vez que, são atividades que posso utilizar de acordo com a clientela que eu ensino. Então, os hackers são inteligentes e solidários com nós educadores.
Com certeza, se eu tiver subsídios de conhecimentos para compartilhar com as pessoas eu farei e serei um hacker com muito prazer, pois estarei ajudando os meus colegas a fazerem um trabalho grandioso na educação brasileira.
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